28 de nov. de 2011

Série Relacionamento - Relacionamento na Igreja

Comportamento humano – temperamento, personalidade e caráter.

Sabemos que cada pessoa atua de forma diferente em cada situação. Contudo, se não há essa compreensão de que cada um é diferente, surgem discussões das mais variadas.

Temperamento – é a combinação de características que herdamos de nossos pais. São os estados de humor e as reações emocionais de uma pessoa, ou seja, é o modo de ser. Ninguém sabe onde reside o temperamento, alguns acham que seja em algum lugar da mente ou do centro emocional ligada ao coração.

Personalidade – é formado por dois aspectos básicos: 1º hereditariedade – por aquilo que o bebe recebe de herança genética de seus pais ( estatura, cor dos olhos, da pele, temperamento, reflexos musculares etc.) e 2º são as experiências vividas que irão dar suporte e contribuir para a formação da personalidade ( cultura, hábitos familiares, crenças, grupos sociais, escola, responsabilidade, moral e ética etc.).

Caráter – influenciado pelo temperamento e personalidade, é o conjunto das qualidades boas ou mas de um individuo que lhe determina a conduta – como a pessoa age.

Com essas definições vamos enfatizar o temperamento que influencia tudo aquilo que fazemos ( hábitos do sono, hábitos de estudar, estilo de alimentação, até a maneira de como nos relacionamos com as pessoas.)



COMO LIDAR COM AS DIFERENÇAS

Com tantas diversidades que existem entre os seres humanos – gostos pessoais, opinião, educação, cultura, temperamento, entre tantos outros – você deve estar se perguntando: “como podemos relacionar-nos com as pessoas, principalmente dentro da Igreja, com tantas diferenças”? ” Será que isso realmente é possível? “ ( veja I Co. 12.12,19,20,22-25).

Para que tudo ocorra bem existem algumas coisas que podemos fazer para aprender a lidar com as diferenças:

1. Conhecer as pessoas que estão a nossa volta.

2. Saber respeitar os limites de cada um.

3. Fazer um alto-exame do que preciso mudar (I Co. 11.28).



COMO MANTER UM BOM RELACIONAMENTO?

Muitas vezes ouvimos alguém falar: “ parece que aquele fulano não vai com a minha cara”, ou “acho que aquele irmão não gosta de mim”. É possível que um irmão torne-se inimigo de outro dentro da Igreja? Infelizmente é possível.

Mas, a bíblia como nossa bussola, nos tras ricos ensinamentos acerca de como devemos nos relacionar com nossos irmãos, até mesmo nos momentos de dificuldades.

1. Falar a verdade - Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira; nem deis lugar ao Diabo. Efésios 4.25-27

2. Não falar mal dos outros - Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas ó que seja boa para a necessária edificação, a fim de que ministre graça aos que a ouvem. Efesio 4.29

3. Suportar uns aos outros - suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. Colossenses 3.13

4. Perdoar - Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas. Mateus 6.14-15

5. Amar uns aos outros - O ódio excita contendas; mas o amor cobre todas as transgressões. Proverbios 10.12

6. Ter igualdade - Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se entrar na vossa reunião algum homem com anel de ouro no dedo e com traje esplêndido, e entrar também algum pobre com traje sórdido. e atentardes para o que vem com traje esplêndido e lhe disserdes: Senta-te aqui num lugar de honra; e disserdes ao pobre: Fica em pé, ou senta-te abaixo do escabelo dos meus pés, não fazeis, porventura, distinção entre vós mesmos e não vos tornais juízes movidos de maus pensamentos? Tiago 2.1-4

7. Honrar - nada façais por contenda ou por vanglória, mas com humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo; Filipenses 2.3

8. Tolerando os fracos na fé - Ora, ao que é fraco na fé, acolhei-o, mas não para condenar-lhe os escrúpulos. Um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come só legumes. Quem come não despreze a quem não come; e quem não come não julgue a quem come; pois Deus o acolheu. Quem és tu, que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar. Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. E quem come, para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come, para o Senhor não come, e dá graças a Deus. Porque o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na alegria no Espírito Santo. Romanos 14.1-6 e 17

Quem serve a Cristo respeitando as diferenças, agrada a Deus sendo aprovado por todos. Não devemos deixar que as nossas diferenças causem divisão e queda dos nossos irmãos.



COMUNHÃO NA IGREJA

Pra que existe a Igreja? Será que é apenas para cumprirmos escalas em dias de culto?

A Igreja foi fundada com o objetivo de ter comunhão uns com os outros e com Deus.

Quando falamos em comunhão podemos abordar dois aspectos:

1. Na participação comum de ideias e crenças – ou seja, quando duas ou mais pessoas participam dos mesmos objetivos, fazendo com que se tornem reais, através de seus esforços de comum acordo e fé. No dicionário diz que comunhão “é a ação de fazer alguma coisa em comum. Sintonia de sentimentos, de modo de pensar, agir ou sentir, identificação, união, ligação”.

2. Cooperar e compartilhar o que tem. No novo Testamento a comunhão cristã é expressa no termo grego koinonia, que significa cooperação entre todos os cristãos, é o espirito de compartilhar gratuitamente o que tem ( tanto de bens materiais, como espirituais).

Com esses pontos de vista acerca da comunhão, principalmente na Igreja, podemos ver que a temos deixado em últimos planos. Muitas vezes não abençoamos nossos irmãos, não compartilhamos os momentos que eles tem vivido, tanto de vitória quanto de lutas e tristezas (Romanos 12.13-15), por causa de tarefas e falta de tempo.

A comunhão não é so marcar encontros, fazer festas com amigos ou dar um aperto de mão nos dias de culto, mas é também participar das necessidades do próximo, pois a comunhão é feita de conhecer um ao outro, amar e respeitar.

Quando colocamos todos afazeres como prioridade, esquecendo-nos da comunhão, a Igreja perde muito o seu sentido (Lucas 10.38-42), pois não temos comunhão com nosso próximo e se for assim, quem ira dizer que tem comunhão com Deus? Como diz I João 4.20b: “ Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?”



COMO VOCÊ TEM TRATADO SEU IRMÃO?

Essa pergunta certamente seria respondida de maneiras diferentes se fosse perguntada para pessoas diferentes, pois isso depende de como você enxerga o seu irmão. Sera que realmente você o ve como membro da sua família ou como um colega de trabalho? Sera que mesmo com as diferenças e as falhas de um incomodando o outro, você consegue entender e lutar do mesmo lado?

Todas essas respostas vão depender muito de como você enxerga a sua Igreja, pois se a ve como a casa de seu Pai certamente você não a ve como uma empresa e sim como um lar, independente de como seja o seu irmão. Mas não adianta falar: “ eu to na casa do meu Pai” se a sua ação é colocar tudo em primeiro lugar, menos a comunhão.

Entender o que se passa com ele, ajudar, aprender a conviver com as diferenças não é tarefa simples, mas é uma prioridade extrema que devemos ter em nossas vidas. Quantas pessoas faltaram neste ultimo culto? Quantas desapareceram ? o que você tem feito mediante a isso?

“Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo” é muito mais que palavras, exige muita atitude.




Texto e ministração de Rubens Rodrigo

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